Volvemos a Brasil con un disco que es una joya perdida de la banda liderada por el tecladista Elias Mizrahi (creo que nada que ver con el guitarrista argentino). Él formó parte de la generacion que se atrevió con el progresivo en Brasil en una época en que el "tropical" o la interpretación en inglés se imponía con muchísima fuerza, cosa que creo que llega hasta hoy en día, dado la cantidad de bandas brasileras que cantan en inglés. Dicen que con su propuesta esta banda asustó tanto que ningún sello se atrevió a grabarlos. Sus temas son largas suites con improvisaciones buenísimas con un sonido muy cercano al progresivo italiano mezclado con jazz rock, quizá con algo de Gentle Giant y ELP, siendo de por sí una verdadera joya del progresivo carioca, y cuando los escuchen verán que no tenían nada que envidiarles a sus pares ingleses, italianos o de donde fueran. Aquí el único disco de una banda que se perdió en el tiempo, pero que tuvo una calidad impresionante, y que desde este humilde espacio venimos a rescatar del olvido. Este disco apareció recién en 1990 como parte del proyecto "Banana Progresiva", iniciativa de un particular que edito 2000 copias. ¡Tremendo y super recomendado!
Año: 1975
Género: Progresivo ecléctico
Nacionalidad: Brasil
El grupo comenzó su andadura en 1.974 llamándose "Veludo Electrico". Su formación inicial estaba compuesta por Elías Mizhrai (teclas), Paolo de Castro (guitarra, violín), Gustavo Bolha Schroeter (batería) y Pedro Jaguaribe (bajo). Comenzaron haciendo hard rock con largas improvisaciones al estilo Deep Purple pero pronto y posiblemente debido a los cambios en la formación, fueron evolucionando hacía un rock progresivo. Este cambio ocasionó que no tuvieran la oportunidad de grabar ningún disco.
Este disco es fruto de las grabaciones aportadas por fans y se editó en los 90. Los cinco primeros temas corresponden al año 75 y en ellos encontramos rock progresivo de la mejor calidad. Los sonidos de su teclista nos pueden recordar en algún momento a Keith Emerson, largos pasajes instrumentales con algunas experimentaciones. En el tema "A Chama Da Vida", el guitarrista , Paolo de Castro, demuestra claramente su valía. El tema que cierra el disco, "As x Fases" es una suite grabada en el 1.978 y con solo Paolo de Castro como miembro inicial de la banda. Los sonidos del tema son más jazz rockeros alejándose un poco de las sonoridades de los temas anteriores.
Complicados, con muchas improvisaciones y con infinitos giros y cambios de tempo, presentan una buena cantidad de movimientos instrumentales anormales, psicodélicos/jazzeros y exploran los límites de la música clásica, el jazz, la vanguardia y el rock psicodélico. El resultado es una experiencia auditiva esquizofénica con muchas secciones basadas en la improvisación. Paisajes sonoros narcóticos, sonidos de teclado extremadamente densos y temas cambiantes sin fin.
Para Elias Mizrahi o Veludo nunca desapareceu. No máximo, passou prolongado período em hibernação. Responsável pela maior parte das composições do extinto grupo, que ora tenta ressurgir, o tecladista, cantor e guitarrista jamais abandonou o hábito de compor. Ao longo dos anos, vem acumulando farto material que sobeja em fitas que o músico mantém arquivadas em casa. "São mais de mil músicas", confirma Elias. A fim de dar forma final a parte pequena de sua criação e com a idéia do Veludo ainda latente, ele chamou o baterista Gustavo Schroeter, ex-Veludo, e o baixista Lincoln Bittencourt, ex-integrante d'A Bolha, para, juntos, iniciarem uma longa jornada de gravações.Nelio Rodrigues
As sessões, num estúdio em Botafogo, prosseguiram por incontáveis meses, geralmente atravessando madrugadas, como conta Gustavo. Em algumas delas o trio contou com a adesão do guitarrista e, hoje, também produtor, Marcelo Sussekind. O resultado, suficiente para preencher mais de um CD, permaneceria engavetado não fosse o esforço e abnegação de Cláudio Britto, amigo de Elias e fã do Veludo. Logo que soube das tais gravações Cláudio decidiu produzir e assumir o lançamento do CD que, por obra do destino, vem a tornar-se o primeiro disco de estúdio do Veludo.
Intitulado ‘A Re-Volta’, nome ambivalente, significando tanto uma possível retomada de atividade da banda quanto um desabafo pessoal de Elias, em consonância com as dificuldades que tem enfrentado para mostrar seu trabalho, o CD coleciona dez temas, sendo cinco instrumentais, selecionados por Gustavo, Lincoln, Marcelo e Elias, a partir do material gravado em Botafogo. Todos compostos e arranjados por Elias. Em ‘O Poeta’, no entanto, o tecladista teve parceiros e sua autoria é também creditada a Waldemar Motta e Leca.
O disco é calcado no som dos teclados, que abundam em ‘A Re-Volta’, conferindo à obra uma aura de rock progressivo. Não obstante, o emprego de matizes sonoras diversas a partir de suas teclas (e registros) não o deixam soar anacrônico e, tampouco, excessivo. Os arranjos de bom gosto, por vezes delicados, escorados no baixo preciso de Lincoln e na rica batida de Gustavo ajudam a criar climas diversos que se alternam, tanto dentro de um mesmo tema quanto ao longo de suas faixas.
‘Coisa Linda’ é a porta de entrada do CD. Abre com um riff que lembra tema de abertura de programa de TV, mas a impressão logo se desfaz assim que ele evolui em linha melódica distinta, ditada pela voz de Elias, vigorosa e clara.
"O poeta está sofrendo, por não ter com o que sonhar", diz a letra de ‘O Poeta’, o tema seguinte, que prossegue antevendo a possibilidade de apocalipse ao final do milênio (que já se completou). Se o poeta não tinha motivos para sonhar e conseqüentemente nutrir sua inspiração para elaborar suas poesias, os autores da música, ao contrário, inspirados, criaram canção condizente com a melancolia de seus versos.
‘Veludiando’ é o primeiro tema instrumental do CD, que evolui por mais de sete minutos e conta com participação especial de Marcelo Sussekind. O guitarrista empresta ao tema seu toque ágil que se impõe por alguns momentos e centraliza a atenção do ouvinte. Apesar do título, a música não se assemelha a composição de Paul de Castro, Elias e Nelsinho Laranjeiras, que abre o CD ‘Veludo Ao Vivo’, denominada ‘Veludeando’. O título recorrente (o significado é o mesmo) apenas revela a paixão de Elias pelo Veludo.
As vozes de Elias, Lincoln e Gustavo brilham juntas em ‘A Música Que Vem Do Céu’, que aparece no CD cercada por outro tema instrumental, intitulado ‘Império Romano’. Aqui, é impossível não pensar no trio Emerson, Lake and Palmer da época do disco ‘Tarkus’. Já, na seguinte, ‘Cigania’, introduzida por violão que ampara toda a canção, o tom é diferente. A melodia passeia por território espanhol em sutil cruzamento com o ritmo árabe, assim como a história da região.
Com o feliz título de ‘La Sonata Claríssima’, este tema instrumental conduz o ouvinte através de uma mini-suíte muito bem arranjada e executada. E, mais uma vez, conta com a participação de Marcelo Sussekind. Teclados, baixo e bateria pavimentam a canção antes que a guitarra de Marcelo se faça presente. Quando irrompe, eloqüente, progride beirando notas agudas até desaparecer com entrada límpida do órgão Hammond de Elias. O suporte de baixo e bateria é impecável, com Lincoln e Gustavo mantendo ritmo preciso enquanto Elias desenvolve ótimo trabalho no órgão. Nesse momento, as intervenções de Marcelo são apenas sutis. A composição ainda evolui antes de dar lugar a próxima.
A profunda densidade melódica de ‘Come To Me’, tramada pelos teclados, envolve o ouvinte como uma espessa névoa, tal como a voz de Elias. Escrita em inglês, talvez esta seja a melhor faixa do CD.
As duas últimas são temas instrumentais: ‘Teu Foco’, sem baixo e bateria, é a mais curta do disco (CD); ‘Portas do Céu’, novamente com baixo e bateria, tem no piano, tocado com agilidade e leveza, o seu fio condutor.
Escuchen bien el último tema... hay una gran variedad de sonidos, fusiones de samba rock. Disfruten esta rareza.
Lo pueden escuchar desde Bandcamp:
https://undergroundfiles.bandcamp.com/album/veludo-ao-vivo-progressive-psychedelic-rock-brazil-75
01. Veludeando
02. Egoísmo
03. Antenoriun II
04. A Chama Da Vida
05. A Unica
06. Suite As X Fases Do Homem Comum (Bonus track)
Alineación:
- Nelsinho Laranjeiras / bass
- Elias Mizrahi / keyboards
- Paul de Castro / guitar
- Gustavo Schroeter / drums
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