Skip to main content

Egberto Gismonti - Agua & Vinho (1972)


Artista: Egberto Gismonti
Álbum: Agua & Vinho
Año: 1972
Género: Latin Jazz
Duración: 30:49
Nacionalidad: Brasil


Lista de Temas:
01. Ano zero
02. Federico
03. Janela de ouro
04. Vila Rica 1720
05. Prum samba
06. Água e vinho
07. Volante
08. Eterna
09. Tango
10. Mulher rendeira

Alineación:
- Egberto Gismonti / Voz, piano, piano eléctrico, órgano, bajo, batería, percusión, guitarra acústica
Invitados:
Dulce Bressane / voz
Novelli / bajo
João Palma / batería
Piry Reis / guitarra acústica
Peter Dauelsberg / violonchelo
Roberto Silva / batería, percusión
Paulo Moura / saxo, clarinete
Orquesta de cuerdas dirigida por Mario Tavares.


En 1972, nuestro amigo Egberto grabó "Agua e Vinho" en colaboración con el poeta Geraldo Carneiro... y yo me quedo con lo segundo, y tinto, por favor.


Agua e vinho es el cuarto álbum de Egberto Gismonti (1947-) y el primero realizado con EMI-Odeon, en 1972. Gismonti continúa haciendo MPB (música popular brasileña) poniendo énfasis en lo instrumental. De este disco destacan «Ano zero» y el homónimo «Agua e vinho», dos canciones que posteriormente se transformarían en temas para piano solo. Este último sería grabado por el músico argentino Pedro Aznar (1959-) en su disco Aznar canta Brasil de 2005.
Wikipedia


Renovação é uma palavra que sempre esta na moda pois toda vez que um modelo se mostra desgastado a sociedade pede para que novas alternativas sejam criadas a fim de buscar novos caminhos até encontrar, digamos, o ponto ideal. Isso é muito comum na política e na maioria dos casos o que era uma esperança renovadora transforma-se em pesadelo terrível e de conseqüências desastrosas, é o que estamos vivenciando atualmente, um processo continuo de desesperança nas instituições políticas e em seus protagonistas, desde o mandatário chefe ate aqueles que se dizem “representantes do povo”. Contudo, já dizia o poeta, a esperança é a ultima que morre, no Brasil ela já há muito agoniza numa UTI e as perspectivas de sobrevida são mínimas, mas enfim, sem redundância, enquanto há esperança há vida, vamos portanto, seguir adiante.
Os renovadores porém, não ocorrem ou tentam camufladamente ocorrer apenas na política, mas em todos os segmentos, principalmente nas artes, vejamos por exemplo as diversas escolas de pintura que se formaram ao longo do século XX, as tendências literárias, a estética arquiteturial e a música. Esta última principalmente no Brasil a partir da segunda metade da década de cinqüenta será totalmente renovada e como conseqüência irá nortear os rumos de nossa canção popular durante todo o período seguinte, e é justamente nos anos sessenta que ela vai enfrentar novas batalhas modernizadoras com tropicália bananas ao vento e inúmeros protestos numa grande festa de arromba que irá sacudir o país revelando e ampliando os conceitos daquilo que se projetava como um modelo de nacionalidade, plural, rica e contraditória.
Nos anos que se seguiram ao grande barato dos sessenta o nosso céu de anil foi iluminado com o ufanismo do eu te amo meu Brasil, fantasiado com retalhos de cetim, estimulado ao crescimento demográfico com o pare de tomar a pílula, arrombando a festa e provocando todo o clímax do período com uma retomada nostálgica de um tempo ainda vivo buscado nos ideais paternos para justificar o vazio idelogico reinante, por isso que queríamos ser como nossos pais ou vivendo como um bêbado e um equilibrista. No meio de todas essas desesperanças/esperanças a musica ia se renovando mas mantendo ao mesmo tempo um tradicionalismo profundo, era necessário uma ruptura, lenta, gradual e irrestrita, para não chocar os puritanos bossanovistas/tropicalistas/jovenguardistas e breguistas de então, algo precisava ser feito, e alguém o estava fazendo com muita competência, amadurecendo o estilo, conservando um certo academicismo musical e literário, mas renovando a estética de nossa canção e que iria dar o toque diferencial dos anos setenta. Egberto Gismonti é o personagem em questão e sua musicalidade invadiria os lares com muita sutiliza mas depois se firmaria criando uma nova tendência, uma escola, assim se transformava a musica brasileira com um artista não muito popular para a maioria, mas o que importa não é a sua popularidade e sim a qualidade e o talento, atritubutos que ele tinha e tem ainda de sobra.
No inicio dos anos setenta ele já era um artista conceituado inclusive no exterior e sua musica renovadora foi batizada de progressista misturando o rigor acadêmico com novas buscas sonoras e uma inquietude criativa muito intensa. Arranjador, instrumentista, compositor e intérprete em 1972 lança pela Odeon seu terceiro disco Água & vinho, nesse trabalho ele da vazão a sua inquieta inventividade viajando pelo Brasil com um show homônimo baseado no repertorio do LP, marcando uma das primeiras tentativas de se levar ao publico brasileiro algumas concepções de free-jazz realizando vários improvisos com inumeros instrumentos ao mesmo tempo. O disco é o resultado de um trabalho extremamente sério, não somente em termos musicais, mas técnica também, recebendo aplausos da critica e conseguindo um êxito popular além das expectativas. A faixa titulo Água e vinho é uma composição de linguagem romântica e moderna com letra de Geraldo Carneiro, parceiro mais constante de Egberto Gismonti nessa ocasião provocando-nos um clima de reflexão e relaxamento difíceis de definir.
Durante todo o disco podemos perceber o virtuosismo de Egberto no piano, bem como a beleza de suas composições e arranjos, notadamente em Ano zero, um dos pontos máximos do trabalho em que a fusão de percussão, lirismo e orquestra se completam de modo brilhante, onde o belo é permanente e profundo. Frederico segue no mesmo clima lírico/reflexivo e em Janelas de ouro, temos a fusão do free-jazz com elementos percussivos do baião. O disco encerra uma fase importante da carreira de Egberto Gismonti que iria dar saltos cada vez mais inovadores em sua estética musical, contudo, é um trabalho que rompe com um modelo musical já enraizado trazendo-nos um padrão estilístico que amadureceria e seria responsável pelos novos caminhos conceituais que a musica popular iria tomar influenciando uma nova geração de compositores.
Água e vinho não é apenas um disco para se ouvir, tem que senti-lo, compreendê-lo em plenitude apreciá-lo em suas minúcias, pois ali esta o Brasil renovado, enfim é uma obra prima da arte musical brasileira onde a nossa raiz se faz presente em todos os sentidos, por isso que talvez no inconsciente do artista não tenha sido mera coincidência finalizar o LP com Mulher rendeira, uma de nossas mais tradicionais canções em um arranjo ousado e definitivo.
Luiz Américo Lisboa Junior

En definitiva, un disco fundamental... otro de esta bestia de la música.




Comments

Lo más visto de la semana pasada

Los 100 Mejores Álbumes del Rock Argentino según Rolling Stone

Quizás hay que aclararlo de entrada: la siguiente lista no está armada por nosotros, y la idea de presentarla aquí no es porque se propone como una demostración objetiva de cuales obras tenemos o no que tener en cuenta, ya que en ella faltan (y desde mi perspectiva, también sobran) muchas obras indispensables del rock argento, aunque quizás no tan masificadas. Pero sí tenemos algunos discos indispensables del rock argentino que nadie interesado en la materia debería dejar de tener en cuenta. Y ojo que en el blog cabezón no tratamos de crear un ranking de los "mejores" ni los más "exitosos" ya que nos importa un carajo el éxito y lo "mejor" es solamente subjetivo, pero sobretodo nos espanta el concepto de tratar de imponer una opinión, un solo punto de vista y un sola manera de ver las cosas. Todo comenzó allá por mediados de los años 60, cuando Litto Nebbia y Tanguito escribieron la primera canción, Moris grabó el primer disco, Almendra fue el primer ...

Yes - Symphonic Live (2009)

#Videosparaelencierro. Gracias a Horacio Manrique acá está no sólo el sonido de una obra monumental, única, sino el video completo, uno de los grandes hitos de Yes que quizás muchos desconocen. Como dice el Mago Alberto en su comentario: esta obra pasa a ser trascendental simplemente por su contexto, por su coyuntura, este proyecto resiste cualquier crítica, este trabajo va más allá de cualquier análisis. Para el seguidor de Yes esto no es ninguna novedad, para el desprevenido y el colgado esto les va a caer de maravilla. Una de las mayores obras creadas por esos magos del rock sinfónico que se dieron a llamar Yes, grabadas a fuego en el blog cabezón... y de ahora en más también en tu cabeza. Artista: Yes Álbum: Symphonic Live Año: 2009 Género: Rock sinfónico de aquellos Duración: 194:00 Nacionalidad: Inglaterra Desde unos días antes de la partida de Chris Squire (y por ende de su propio proyecto personal: Yes ) habíamos estado publicando las sendas obras de Yes ; y n...

Genesis - BBC Broadcasts (2023)

Falta poco para el fin de semana y ya vamos preparando algo para no se aburran, ahora es el Mago Alberto que aparece y lanza un bombazo, les copio palabras textuales: "El pasado viernes 3 de marzo se lanzó en todo el mundo una serie de 5 volúmenes finamente seleccionados por Tony Banks de grabaciones en vivo de Genesis que abarcan desde los comienzos de la banda hasta su etapa final. Lo sorprendente de estas ediciones es el trabajo de retocado muy profesional del sonido, que produce un placer auditivo muy particular ya que las primeras tomas en vivo en los albores de la banda por lo general no eran muy buenas, pero realmente vale la pena escuchar estas versiones, aparte de un muy buen gusto en la selección de los tracks, todos muy rockeros incluida la etapa mas popera y menos atractiva del grupo, así que vayan con confianza y disfruten a pleno de esta muy buena edición. Por supuesto ya todos conocemos el inmenso abanico musical de Genesis, así que los fanáticos van a ...

Chango Spasiuk - La ponzoña (1996)

Artista: Chango Spasiuk Álbum: La ponzoña Año: 1996 Género: Chamamé fusión Duración: 38:13 Nacionalidad: Argentina Lista de Temas: 01. Gobernador Virasoro 02. La colonia 03. La ponzoña 04. Preludio a um beija flor 05. Chamamé en mi-bemol "El polvaderal" 06. Borboleta 07. Ivanco 08. Canto a ñande reta 09. San Jorge 10. Misiones 11. El violín / Ojos color del tiempo Alineación: - Chango Spasiuk / Acordeón Invitados; Hector Console / Contrabajo Tancredo / Violin Lalo Doreto / Guitarra Cuchu / Voz Antonio Agri / Violin

Museo Rosenbach - Zarathustra (1973)

Artista: Museo Rosenbach Álbum: Zarathustra Año: 1973 Género: Progresivo italiano Duración: 39:39 Nacionalidad: Italia Lista de Temas: 1. Zarathustra a) L'Ultimo uomo b) Il re di ieri c) Al di la del bene e del male d) Superuomo e) Il tempio delle clessidre 2. Degli Uomini 3. Della Natura 4. Dell'Eterno Ritorno Alineación: - Giancarlo Golzi / drums, vocals - Alberto Moreno / bass, pianoforte - Enzo Merogno / guitar, vocals - Pit Corradi / Mellotron, Hammond - Stefano Lupo Galifi / vocals

Los Grillos - Vibraciones Latinoamericanas (1976)

Nuestro amigo Julio Moya sigue con su tarea de palentólogo del rock latinoamericano y ahora nos presenta la historia de Los Grillos, y resumiendo les diría que si Jethro Tull hubiera sido andino, probablemente hubiese grabado este disco, ya que encontrarás flautas similares a Ian Anderson, junto con instrumentos de viento autóctonos. Un disco con 8 temas con una duración total que no alcanza la media hora. De alguna manera puede trazarse un paralelismo con Los Jaivas de Chile, pero se debe tener en cuenta que la raíz folclórica es diferente y con un sonido propio de altiplano. Aquí, uno de los discos más importantes de la historia del rock en Bolivia, y una de las mayores joyas del rock boliviano, expresión del folk rock temprano donde Los Grillos fundadon el sonido del Neo Folclore Andino, incursionando en el Moog a modo de "sintetizador andino". Si disfrutaste de "Alturas de Macchu Picchu" de Los Jaivas, o los bolivianos Wara o los argentinos Contraluz, descubrirá...

Cheat The Prophet - Redemption (2025)

Y por alguna extraña razón este pequeño y humilde blog se terminó haciendo conocido no solo para los melómanos sino también para las bandas musicales, y no solamente en Argentina o Latinoaméricana, sino que también proyectos de todos lados del mundo nos piden que le hagamos las reseñas de sus discos. Y en ese esquema, los tenemos a estos muchachos de Cheat The Prophet que nos pidieron nuestra impresión de su opera prima. Este es un power trío proveniente de yankylandia, con un sonido neo progresivo bastante particular, ya que lo primero que me llamó la atención al escuchar el disco fue que me costaba relacionar su sonido con el de cualquier otra agrupación, no solamente hablando estrictamente de rock progresivo, sino directamente de rock en general. Una banda integrada por músicos muy competentes y experimentados dan un álbum maduro que logra su primer disco basándose en los sonidos clásicos del Neo Progreso pero en contexto fresco y moderno y con su claro toque personal. Y ahora t...

Raw Material - Raw Material (1970)

Vamos con otro aporte de neckwringer, con un disco desconocido de una banda psicodélica criminalmente subestimada, el grupo británico que no causó sensación con sus dos álbumes lanzados a principios de los 70, pero ambos merecen su lugar en el panteón de los clásicos perdidos. Este es su trabajo homónimo, el primer lanzamiento que vio la luz en 1970, bastante temprano en el desarrollo del rock progresivo, y que gracias a un sello con mucha modorra y a la apatía total de la prensa musical de la época, abandonaron este álbum al fracaso desde el principio. Combinando elementos de psicodelia, blues, rock con tintes de jazz, divagaciones folk y vuelos pop con tintes lisérgicos, "Raw Material" es un álbum fascinante, con una mezcla ecléctica de estilos que, de alguna manera, logran encajar de forma convincente. El álbum también posee un tono extraño y atmosférico que le otorga una atmósfera cósmica, que evoca al Pink Floyd y al King Crimson de "Meddle", conformando un ...

El Tarro de Mostaza - El Tarro de Mostaza (1970)

Artista: El Tarro de Mostaza Álbum: El Tarro de Mostaza Año: 1970 Género: Rock psicodélico Duración: 36:41 Nacionalidad: México Lista de Temas: 1. Obertura - Brillo De Luz 2. Final - Avances 3. En Caso De Que Mi Reloj Se Pare 4. El Ruido Del Silencio 5. Amor Por Telefono 6. Brillo De Luz Alineación: - Juan Felipe Castro Osornio / Guitar - Jorge Lopez Martinez / Keyboard - Francisco Javier / Vocal - Oscar Garcia Casados (El Pipi) / Drums - Santiago Galvan Diaz (El Bolillo) / Bass

Warxtron - Shattered Satellites (2024)

Desde Argentina viene un disquito que me ha sorprendido, y cuando lo presentamos no sabíamos su autor, es una tal Warxtron (cuyo nombre es Cassandra Hammill, quien se encarga acá de todos los instrumentos y de la composición de los temas), y les regala el disco desde su espacio en Bandcamp. Una entrada cortita y al pie para presentar un trabajo que me ha sorprendido muy gratamente por la calidad general de sus temas, aunque convengamos que su arte de tapa no invita a escuchar el contenido del trabajo, para nada, pero si saltas esa resistencia encontrarás siete temas llenos de melodías dispuestas en capas de teclado y guitarras que aseguran el disfrute de una obra muy homogénea, que me atrevería a definir como una mezcla entre Anekdoten, Steven Wilson solista e IQ, en un exuberante y nostálgico sincretismo musical. Pero el nivel musical presentado acá es no solo para recalcar sino que ya lo quisieran algunos grupos reconocidos que han perdido su imaginación ya hace mucho tiempo. Y e...

Ideario del arte y política cabezona

Ideario del arte y política cabezona


"La desobediencia civil es el derecho imprescriptible de todo ciudadano. No puede renunciar a ella sin dejar de ser un hombre".

Gandhi, Tous les hommes sont frères, Gallimard, 1969, p. 235.