Y seguimos presentando y recordando buenas propuestas brasileras, y seguimos con el señor Fritsch, tan a lo Tangerine Dream, vamos más o menos con la misma onda pero de la mano del tecladista del grupo brasilero Apocalypse, que le imprime un componente sinfónico mucho más fuerte que el que presentan los teutones. En los 11 temas que pueblan el disco, la profusión de teclados, secuenciadores y efectos sinfónicos se juegan hasta el agotamiento, se pueden notar las influencias de diversas fuentes, como por ejemplo: Wakeman, Tony Banks, los mencionados Tangerine Dream, Jarre, Vangelis y y algunas veces los mejores trabajos de Pete Bardens. Sonidos espaciales y misteriosos abundan en toda la obra, y tampoco faltan pasajes a lo Pink Floyd, siendo un disco que parece un homenaje a los dinosaurios progresivos de todos los puntos cardinales del planeta.
Año: 2005
Género: Progresivo sinfónico / Electrónico
Duración: 49:44
Nacionalidad: Brasil
En cuanto a la actividad solista de este hombre, que fue líder del grupo Apocalypse, reconocido internacionalmente por su gran despliegue hard rockero sinfónico, y no me refiero solamente a este disco en sí (el sexto disco solista de este músico) sino a todo su trabajo como solista, voy a hacer una consideración. Creo que la música debe disponer de una elevada componente técnica pero también de sentimiento. Sin esto último sirve de poco ser un gran instrumentista. Y en esta maraña efectista se colaron algunos grandes músicos que antepusieron el instrumentismo más radical y una brillante puesta en escena a la melodía (tales los casos de impresionantes guitarristas que principalmente vienen del lado del metal), musicalmente con mucha libertad formal pero en aras de una pirotecnia efectista, y descuidando una parte importante de lo que consideramos esencial. Algunos grandes músicos se desperdiciaron en pos de seguir el camino del rey de la velocidad, se subieron al carro y al fin y al cabo en general quedaron en mucho reconocimiento pero a sus discos no se los escucha demasiado. Sea como sea centrarse solamente en la técnica piromaníaca lleva a un prestigio bastante pasajero y no dejan una gran herencia musical.
Este hombre podría haber seguido este camino debido a su intrepidez musical, su pericia y que es el líder de una potente banda de rock, pero si bien su carrera solista no ha tenido un gran reconocimiento demostró que la música no es un sistema cerrado y encorsetado y que todo podía ser susceptible de variar si el músico es lo suficientemente hábil y audaz.
Este es un disco muy casero, con cero de producción, música electrónica creada en su laboratorio privado con sintetizadores, samplers, computadoras, y grabados por él mismo, pero al mismo tiempo nos encontramos con otro trabajo que viene de latinoamérica y está injustamente olvidado y perdido. Fritsch desarrolla una búsqueda de nuevos sonidos basándose en aquellos clásicos de los setentas, y utilizando arreglos y pasajes (y paisajes) electrónicos épicos y atmosféricos, en una música que me suena espontánea, melódica, directa, simple y efectiva. Creo que si este mismo CD los hubiese sacado... ponele Vangelis, otra sería la cuestión, y seguramente otro sería el reconocimiento del disco, pero bueno... es así... La verdad, es difícil entender por qué un trabajo tan cuidado y de buen gusto está tan restringido en su divulgación, y quede perdido dentro de un pequeño nicho dentro del mercado de la música under.
Um movimento quase que totalmente underground hoje em dia, em especial no Brasil, o rock progressivo dá no entanto mostras freqüêntes de sobrevivência, algo que só ocorre com estilos musicais onde há consistência, e que privilegiam a criatividade e a busca por novos horizontes sonoros. Este é o caso da banda gaúcha Apocalypse, e em específico do tecladista Eloy Fritsch, cujo mais recente disco solo acaba de ser lançado.Rodrigo Werneck
Em paralelo à sua carreira como tecladista e líder do Apocalypse, Eloy Fritsch desenvolve uma carreira solo mais voltada à música eletrônica e ao new age. Este “Landscape” é na verdade o seu sétimo disco solo, sendo que um oitavo já chegou às lojas, a coletânea “Past and Future Sounds 1996-2006”. Entretanto, “Landscape” é o disco mais rock de Fritsch, e não nega as grandes influências de Rick Wakeman (Yes, Strawbs, David Bowie, solo), entre outras. Embora tenha sido gravado em 2003 e oficialmente saído em 2005, somente agora este disco chega às prateleiras, em virtude das dificuldades de se lançar CDs hoje em dia (problema agravado no caso de artistas de rock progressivo). Difícil de entender? Mais difícil ainda é compreender porque trabalhos tão cuidadosos, rebuscados e de bom gosto ficam restritos a um nicho deveras reduzido do mercado musical.
O disco foi inteiramente composto, arranjado, gravado e mixado por Eloy, que usou seu estúdio caseiro para tal, e o resultado é simplesmente ótimo. Alguns discos solo de tecladistas são um tanto quanto enfadonhos, sem “pegada”, mas este não é o caso aqui. Eloy soube dosar de forma equânime a participação de todos os “instrumentos”. Todas as baterias e percussões foram simuladas por seus sintetizadores, e felizmente os timbres obtidos foram muito bons. Há viradas de bateria, mudanças de andamento, ou seja, o disco em momento algum fica monótono. Há até – pasmem – solos de baixo bastante convincentes, nas faixas “Teleportation” e “Run Through The Light”, bem como sonoridades de fretless em “Oasis”.
Os principais teclados usados por Eloy no CD foram um digital, o Korg Triton Classic, e um analógico (e antológico), o Minimoog (especificamente um construído há 35 anos atrás, em 1973!). Com eles, consegue a proeza de tocar de tudo um pouco: piano, dezenas de sons de diferentes teclados, guitarras, baixos, percussões. Enfim, uma pequena “orquestra de bolso”.
Voltando às influências, algumas composições lembram bastante as do tecladista grego Vangelis Papathanassiou, como “Andromeda”, “Somewhere In Time” e “Top of The World”. Ecos de Tangerine Dream e Larry Fast e o seu Synergy podem também ser encontrados. Ou seja, nada mais nada menos que o “crème de la crème” da música eletrônica. Isso não quer dizer, porém, que o disco seja uma mera cópia dos citados artistas, pois as composições, arranjos e a performance são de um nível altíssimo.
O disco agrada tanto a ouvintes “leigos” quanto a tecladistas, já que uma verdadeira aula na escolha de sons nos é proporcionada por Fritsch. “Science Fiction” apresenta aqueles tradicionais timbres espaciais e misteriosos de um Theremin, aqui simulados com perfeição pelo teclado Triton. Sons de “clavinet” podem ser ouvidos em “Run Through The Light”, adicionando um bem-vindo e contagiante “groove”. Já em “Escape”, temos uma levada de guitarra distorcida bem convincente (tirada mais uma vez nos teclados) junto a uma batida à la “Another Brick In The Wall” (Pink Floyd), sobre o que o Minimoog sola majestoso.
A arte gráfica inclui ilustrações de Alexandre Bandeira, calcadas nas pinturas etéreas de Roger Dean, em mais uma velada referência a Rick Wakeman, incluindo peixes voadores, rochas flutuantes, e seres mitológicos. Talvez um pouco batidas, mas mesmo assim condizentes com o espírito e o tema central do álbum (“landscapes” significando as “paisagens sonoras” nesse caso).
Resumindo, um ótimo lançamento que chega a ser surpreendente. A qualidade do trabalho de Eloy Fritsch é conhecida no meio, e mais reconhecida lá fora do que aqui. Mas, sem ser pretensioso e não almejar vôos mais altos (comercialmente falando), o trabalho assim mesmo alcança altas pradarias sonoras. Altamente recomendável!
https://open.spotify.com/intl-es/album/7yJOmbAigdTLClS2fl04He
1. Landscapes
2. Teleportation
3. Andromeda
4. Science Fiction
5. Somewhere In Time
6. Cartoon
7. Run Through The Light
8. Oasis
9. Escape
10. Imaginary Voyage
11. Top Of The World
Alineación:
- Eloy Fritsch / keyboards, synths and programming
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