Ir al contenido principal

Marco Antônio Araújo - Influencias (1981)

Seguimos con los aportes musicales de nuestro hermano del norte, y... ¡Que sorpresa! Un verdadero discazo de excelente música sinfo - folk - rock brasilera, algo que fue desconocido para mí hasta el momento en que fui investigando para traerlo a este blog cabeza y me atrevo a decir; de lo mejor que salió del Brasil en la década del 80 luego de Bacamarte.Comenzamos así recordando la discografía de ese genio olvidado que se llamó Marco Antônio Araújo, y del que ayer publicáramos una nota repasando su historia musical. Aquí, su primer disco, desplegando un estilo muy personal donde conviven la música docta, el rock progresivo y la música popular brasilera, todo en un mismo momento y de manera natural, fresca y fluida, nada es artificial aquí, simplemente podemos a un gran compostitor disfrutando de su obra...

Artista: Marco Antonio Araujo
Álbum: Influencias
Año: 1981
Género: Prog Folk / Rock sinfónico
Duración: 57:57
Nacionalidad: Brasil


 




Quizás sea una cuestión de gusto, pero al igual que hoy, considero que hubo una gran cantidad de música horrenda en ese momento, sólo podemos rescatar una pequeña parte de la música de los ochentas, que incluso hoy se sigue reproduciendo en los medios. Y a este trabajo no solo lo rescato, sino que lo recomiendo como una hermosa obra de arte.
Como me imagino que a varios de ustedes les sucede lo mismo que a mí y no conocen a este proyecto ni al músico (como alguna vez no lo conocí yo), les dejo una muestra para que empiecen a disfrutar:



Como pueden apreciar, el señor Marco Antonio Araujo produjo un álbum de sinfonismo puro mezclado con melodías populares brasileras en el principio de los '80. Es una versión absolutamente genial e instrumental, lleno de guitarras acústicas, con un hermoso trabajo de la flauta, donde las teclas sinfónicas hacen gala de una exquisitez envidiable y con una buena cantidad de instrumentos eléctricos que más que nada refuerzan el trabajo de los instrumentos acústicos, en un trabajo comparable con Gryphon, Wurtemberg y Harmonium, aunque al resultado final lo podemos comparar, incluso, con algunos trabajos de Dan Fogelberg por la forma en que están entrecruzados los diversos estilos que componen su música.
Personalmente, creo que estamos ante una joyita perdida de América del Sur, como otros tantos discos que tratamos de traer del olvido.
Les dejo ahora un video de un tema que no está en este disco, pero como la obra de este músico me tiene fascinado también lo voy a compartir, después del todo el que hace el post soy yo y se me viene la gana. ¡Disfrútenlo, es una orden!:


Ahora disfruten de uno de los bonus-tracks del disco, temazo llamado "Floydiana II", quisiera saber donde está la primera parte. Hermoso:

Lamentablemente, este talentoso músico multi-intrumentista falleció en 1986 a los (solamente) 36 años, toda una pérdida para la buena música toda. En todo caso, vale este póstumo homenaje para reconocer el valor de esta obra, otra reparación histórica que hacemos desde este humilde espacio.


Este es un disco donde las permutaciones instrumentales con esas flautas y guitarras acústicas que a menudo se roban el álbum y en todo momento dominan el flujo armónico, siempre con un cierto aire a Oldfield pero en sintonía prog folk latinoamericano, con el má que evidente talento de Araujo y su disposición a compartir el protagonismo (imagino que también sucedió así en el escenario) con sus compañeros de banda igualmente competentes, su combinación de música popular (que había estudiado e interpretado desde pequeño) con los grandes grupos de su adolescencia que lo habían impactado (Pink Floyd, Led Zeppelin, Deep Purple, Genesis y Supertram) y con la música docta y clásica que también había estudiado, compuesto e interpretado, incluso fue violonchelista en la Orquesta Sinfónica de Minas Gerais hasta el día de su muerte. Esas combinaciones de las que tanto hablé y mencioné en este post están conviviendo con un equilibrio y una síntesintes maravillosa y notable, formando una música rock-folk que habla en lengua clásica.


He aquí una biografía más completa (también en portugués, sorry, pero pueden utilizar el Google Traslator si le quieren sacar todo el jugo):
Ele era um dos maiores músicos instrumentais quando teve a vida ceifada por um aneurisma cerebral, com apenas 36 anos. Uma perda imensa, não apenas para o rock progressivo brasileiro, mas para uma legião de fãs que aprendeu a amar as belas composições desse mineiro, que atravessava o melhor momento de sua carreira. Marco Antonio Araújo é um nome hoje pouco lembrado, mas quem conhece sua obra não se esquece jamais.
Poucos comentam a obra e vida de Marco Antonio Araújo, um dos maiores representantes da música mineira dos anos 80 e que ganhou o epíteto de Egberto Gismonti da década de 80.
Marco Antonio Araújo era um tesouro local e, justamente quando começava a ter seu nome conhecido nacionalmente, veio a falecer no dia 6 de janeiro de 1986, vítima de um aneurisma cerebral, após ficar cinco dias internado na UTI do Prontocor, em Belo Horizonte.
Um fim trágico para um músico que havia dedicado o último disco ao filho recém-nascido, Lucas.
Marco Antonio Araújo nasceu na capital mineiro, no dia 28 de agosto de 1949. Como todo adolescente nos anos 60 se apaixonou pelos Beatles e pelos Rolling Stones e resolveu, em 1968, ingressar no grupo Vox Populi, que contava com Tavito e Fredera, que depois formariam o Som Imaginário. Ficou um ano no grupo, que lançou um compacto, Pai-Son (parceria com Zé Rodrix), pela gravadora Bemol.
Marco já estava absolutamente apaixonado pela música e resolveu abandonar o curso de economia e o emprego em um banco para se dedicar a ela. Em 1970, resolve morar em Londres, onde ficaria dois anos "tietando" (expressão do próprio músico) grupos como Led Zeppelin, Deep Purple, Pink Floyd, Rolling Stones etc. Cansado de correr atrás dos grupos, viu que deveria voltar ao Brasil e começar a carreira de músico.
Assim, retorna ao Brasil e vai morar no Rio de Janeiro, onde foi estudar composição com Esther Sciar e aprendeu violão clássico e violoncelo com Eugen Ranewsky e Jacques Morelenbaum, na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Começa a compor trilhas sonoras para cinema, teatro e balé, entre eles a peça Rudá, de José Wilker e Cantares, um balé apresentado pelo grupo CORPO.
Marco acaba se apaixonando e casando com uma das bailarinas, Déa Marcia De Souza.
Marco mostrou-se um músico brilhante e volta para BH, em 1977, e passa a integrar a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, onde ficaria até o fim da vida.
Marco faz pequenos shows no ano seguinte, onde era acompanhado pelo grupo Mantra. As composições instrumentais mesclavam o rock progressivo com a mais pura tradição mineira de quadrilhas, modinhas e serestas.
Entre 1978 e 1979 apresentou os shows Fantasia e Devaneios, tendo a companhia de Carlos Bosticco (flauta), Hannah Goodwin, no violoncelo, seu irmão Alexandre Araújo na guitarra, Gregory Olson, no contrabaixo, Benoir Clerk, na trompa e Sergio Matos, na percussão.
Aos poucos vai formando um grupo de músicos que o acompanharia: Alexandre Araújo (guitarra), Ivan Correia (baixo), Mario Castelo (bateria), Eduardo Delgado (flauta), Antonio Viola (violoncelo), Max Magalhães (piano) e Lincoln Cheib (bateria).
Em 1980 edita, de forma independente, o primeiro LP, Influências, que recebe grandes elogios da crítica especializada e é divulgado com 74 shows.
O disco ganha boa receptividade fora de Minas Gerais e Marco monta uma produtora independente, Strawberry Fields, a canção dos Beatles que o fez amar o quarteto.
Mais maduro, Marco lança outro disco, em 1982, o belo Quando a sorte te solta um cisne na noite e viaja pelo interior de Minas Gerais, através do projeto Acorde Minas, em parceria com a Rede Globo Minas, a Coordenadoria de Cultura do Estado e de sua produtora, Strawberry Fields.
O disco é novamente elogiado pela crítica, mas Marco sentia que precisava expandir seu público e atingir outros estados, especialmente Rio e São Paulo.
O novo trabalho mostrava Marco cada vez mais maduro no violão Ovation e a banda mais coesa.
Incansável, Marco não parava de trabalhar nem um segundo e resolve inovar no terceiro LP, Entre um silêncio e Outro, de 1983.
Para isso, convidou o violoncelista Jacques Morelenbaum, o flautista Paulo Guimarães e o violoncelista Márcio Mallard e formaram um grupo de câmara que gravou apenas duas "Fantasias Nº 2" e "Fantasias Nº 3". Ao ser editado em CD, trazia ainda as faixas "Abertura I", "Abertura II" e "Cantares II".
A capa trazia uma tela do artista Carlos Scliar - "Vinil Encerado Sobre Tela", feita especialmente para Marco e inspirada em sua música. Dentro do disco, um bela capa dupla colorida, havia um texto do próprio Marco falando de sua obra.
No mesmo ano, nasce seu primeiro filho, Lucas, no dia 2 de agosto. Inspirado pela paternidade, Marco parte para gravar um novo disco, para muitos sua obra-prima: Lucas.
Um disco maduro e que mostrava um homem mais esperançoso e preocupado com o futuro.
No ano seguinte, é editado uma coletânea, Animal Racional, e Marco chegava ao auge da carreira, com shows pelo Brasil inteiro, ao lado do grupo Mantra.
Marco havia regressado a Belo Horizonte, onde iria receber, no dia 7 de janeiro de 1986, um prêmio da Revista Veja como o melhor músico instrumentista do país.
Subitamente, sofreu uma hemorragia cerebral e entrou em coma profundo, vindo a falecer, no dia 6, véspera da premiação. Marco tinha uma viagem agendada para Nova York na semana seguinte.
A perda devastadora jamais foi completamente absorvida e entre os dias 7 e 9 de agosto foi realizado o show Lembranças, para celebrar o 37º aniversário de Marco. Participaram dele Alexandre Araújo, Ivan Correia, Lincoln Cheib, Mauro Rodrigues, Antonio Viola, José Marcosa, Max Magalhães, além de convidados como André Geraissati, Egberto Gismonti, Toninho Horta, entre outros.
Aquele mineiro de técnica refinada e que amava tanto a música pop bem como a mineira e a clássica deixou um legado jamais esquecido pelos fãs e por quem acabaria descobrindo sua obra apenas após sua morte, como é meu caso.
Deixo vocês com a discografia de Marco Antonio Araújo. Um abraço e até a próxima coluna.
Página da Beatrix



Dicen que los genios son por lo general de corta duración. Este hombre sólo estuvo en este mundo 36 años, pero en tan poco tiempo hizo lo posible por convertirse en una leyenda del rock progresivo de esta América del Sur. Esta pintura sin palabras es ante todo un mosaico pictórico de sólidos temas, brillantes y encantadores. Con un planteo compositivo sin fisuras.
Recomiendo encarecidamente este álbum, que ha resultado toda una dorpresa y un motivo de disfrute inmenso. No se lo pierdan, no sean nabos, este es un álbum hermoso.


Lista de Temas:
1. Panorâmica
2. Influências
3. Bailado
4. Abertura Nº 2
5. Cantares
6. Folk Song
Bonus:
7. Entr' Act I & II
8. Floydiana II

Alineación:
- Marco Antonio Araujo / acoustic guitars
- Alexandre Araujo / guitars and percussion
- Eduardo Delgado / flute
- Antonio Viola / violoncelo
- Ivan Correia Baixo / bass
- Mário Castelo / drums













Comentarios

  1. Este carinha faz muita falta, Grande Marco Antônio, uma dádiva que foi cedo! No segundo disco, "Quando a sorte te solta um cisne na noite", tem a música "Floydiana". O Marco em 1985 fez sua primeira turnê pelo Brasil, e que seria a última; apresentando o recem lançado "Lucas", que foi considerado o melhor disco instrumental do ano ao lado do "Trenzinho do Caipira" de Egberto Gismonti.

    Valeu!!

    Tô procurando o dvd do Gustavo Cerati com orquestra, alguma chance?!

    Denis - Natal/RN

    ResponderEliminar
    Respuestas
    1. Gracias Denis por tus comentarios, la verdad es que escuchar a este músico fue para mí todo un descubrimiento, un verdadero hallazgo.
      Sobre el disco de Cerati y orquesta, lo tengo, te lo cambio por alguna rareza del Brasil para publicar aquí ¿que me dices?

      Saludos a Brasil!

      Eliminar
    2. Oi 'Moebius'!!! Eu consegui via youtube uma versão desse concerto do Cerati, mas gostaria de te enviar uma lista com o que possuo de discos/mp3 do Brasil, aí o que você se interessar eu dou um jeito de te enviar. Meu email: denisdeoli@hotmail.com, entre em contato comigo! Tem umas coisas interessantes que podem servir ao seu excelente blog, como 'Bendegó', uma banda anos 70 que depois iria surgir uma outra, 14 Bis, e etc.....

      Lindo dia!!!!!

      Eliminar
  2. "Quando a sorte te solta um cisne na noite" es un discazo! Lo tuve muchos años guardado pensando que era un cantante romantico. Cuando lo escuche no podia creer lo que me habia estado perdiendo. Vamos a ver de que se trata este otro disco, este tipo es un verdadero hallazgo.

    ResponderEliminar
    Respuestas
    1. Sorpresas nos da Brasil...
      Yo también lo escuché sin mucha confianza, y también me sorprendió. Ya vamos a traer obras de este gran artista que se ha llevado su música a otro mundo cuando todavía tenía muchísimas cosas para ofrecernos.

      Eliminar

Publicar un comentario

Lo más visto de la semana pasada

Los 100 Mejores Álbumes del Rock Argentino según Rolling Stone

Quizás hay que aclararlo de entrada: la siguiente lista no está armada por nosotros, y la idea de presentarla aquí no es porque se propone como una demostración objetiva de cuales obras tenemos o no que tener en cuenta, ya que en ella faltan (y desde mi perspectiva, también sobran) muchas obras indispensables del rock argento, aunque quizás no tan masificadas. Pero sí tenemos algunos discos indispensables del rock argentino que nadie interesado en la materia debería dejar de tener en cuenta. Y ojo que en el blog cabezón no tratamos de crear un ranking de los "mejores" ni los más "exitosos" ya que nos importa un carajo el éxito y lo "mejor" es solamente subjetivo, pero sobretodo nos espanta el concepto de tratar de imponer una opinión, un solo punto de vista y un sola manera de ver las cosas. Todo comenzó allá por mediados de los años 60, cuando Litto Nebbia y Tanguito escribieron la primera canción, Moris grabó el primer disco, Almendra fue el primer

Caligula's Horse - Charcoal Grace (2024)

Y cerramos otra semana a pura música en el blog cabezón con otro de los mejores discos que saldrán este año, una banda que desde hace rato estoy tentado a traer, que están dentro del mismo umbral que bandas como Pain Of Salvation, Leprous, Tesseract y Haken, algo que viene del metal progresivo pero verdaderamente aquí la intensidad solo llega a un heavy prog, eso sí, con muchísimas emociones y una carga melódica muy importante, que busca fusionar ideas no convencionales dentro del metal. Este último trabajo, su sexto trabajo de estudio, no solamente es su mejor trabajo hasta el momento sino que además es algo nuevo y fresco, muy amable y fácil de escuchar pero también algo bastante profundo donde la emoción supera al virtuosismo, presentando pasajes delicados y mucha elegancia que trata sobre las experiencias vividas por todos nosotros durante estos tiempos difíciles, que aborda lo sombrío de la pérdida, la alienación y la angustia, habla de la catarsis personal y social, en fin, t

Sleepytime Gorilla Museum - Of The Last Human Being (2024)

Desde hace años tenía la intención de publicar en el blog cabeza algún disco de ellos, luego se disolvieron por algún tiempo y el deseo de presentarlos en sociedad fue olvidado, o casi. Pero ahora regresan en modo resurrección, con tremendo disco (este será uno de los mejores que verá la luz en este actual 2024). Y entonces aprovecho para presentar en sociedad las bestias del RIO (o sea lo que sea ese estilo indescriptible que estos tipos practicaron desde siempre), que siguen con el estilo de siempre, donde la música puede ser muy pesada a veces pero también muy atmosférica y tiene elementos de música clásica, con muchas capas diferentes de todo tipo de instrumentos, también clásicos como violín, trompeta, glockenspiel y piano, lo que da como resultado una simbiosis entre Univers Zero y Sepultura, Isildurs Bane y King Crimson, John Zorn y Henry Cow, mezclando intrumentos y voces femeninas y masculinas, complejo pero al mismo tiempo melodioso, denso pero con elementos de sensibilid

La Máquina de Hacer Pájaros - 10 de Mayo 20 hs.

OVRFWRD - There Are No Ordinary Moments (2024)

Si vamos a presentar los mejores discos de este 2024 no podemos dejar afuera al último trabajo de una de las mejores bandas instrumentales de la actualidad. Hay demasiados aspectos destacados en este álbum, el quinto de una de las pocas bandas que pueden hacer un disco largo e instrumental que no decaiga ni aburra ni por un segundo, con 10 temas y 68 minutos donde se funde el jazz, el space rock, el sinfonismo, el heavy prog, todo aderezado con pizcas de psicodelia, bastante clima y muchos matices diferentes, y es maravilloso ver como logran crear diferentes estados de ánimo, atmósferas, sonidos, en una amalgama muy interesante, en algo que se podría definir como la mezcla de King Crimson y Rush, y se hace obvio que han estado tocando juntos durante muchos años, por lo que su comprensión musical e incluso emocional se expresa maravillosamente en canciones como las que están plasmadas en este trabajo. Otro ejemplo de que hay muchísima música increíble surgiendo cada hora, las 24 hor

Mauricio Ibáñez - Shades of Light & Darkness (2016)

Vamos con otro disco del guitarrista chileno Mauricio Ibáñez, que ya habíamos presentado en el blog cabeza, mayormente instrumental, atmosférico, plagado de climas y de buen gusto, "Shades of Light & Darkness" es un álbum que muestra diferentes géneros musicales y estados de ánimo. Se relaciona con diferentes aspectos de la vida humana, como la sensación de asombro, crecer, lidiar con una relación problemática, el éxito y el fracaso, luchar por nuestros propios sueños y más. Cada una de las canciones habita un mundo sonoro único, algunas canciones tienen un tono más claro y otras más oscuras, de ahí el título, con temas muy agradables, melancólicos, soñadoros, algunos más oscuros y tensos, donde priman las melodías cristalinas y los aires ensoñadores. Un lindo trabajo que les entrego en el día del trabajador, regalito del blog cabezón!. Artista: Mauricio Ibáñez Álbum: Shades of Light & Darkness Año: 2016 Género: Progresivo atmosférico Duración: 62:34 Refe

La Mesa Beatle: Iba acabándose el vino

Buenos días desde La Barra Beatles. Hoy reunidos para recordar una hermosa canción, de las más lindas del cancionero de nuestro rock: “Iba acabándose el vino”, de Charly García. Está en un gran disco llamado “Música del Alma”, un álbum altamente recomendable para amantes de la música acústica. Para introducirnos en el tema voy a traer a un amigo que se nos fue hace varios años, Hernie, conocido en la barra brava de Ferro como “El eléctrico”. Probablemente este pibe sea el mayor fanático de García que conocí. Solía relatar las frases de Charly de un modo tan sentimental que hasta el propio autor se hubiera quedado oyendo a esa voz que venía desde tan adentro, casi desde el significado mismo de la canción. Se notaba que la había recorrido, conocía bien esos vericuetos que están detrás de las palabras, esas notas que la melodía no canta y que, ni bien empieza el tema, la imaginación le hace un coro en silencio que atraviesa todos los compases, los adorna y queda dando vueltas por los parl

Humillación

Jorge Alemán afirma en esta nota (tan actual aunque haya sido escrita hace siglos: el 5 de octubre de 2023) que la pesadilla del avance de la ultraderecha argentina, experta en crueles humillaciones, comenzó hace tiempo y parece que las razones argumentadas que se presentan no alcanzan para despertar de este mundo distópico. Por Jorge Alemán "La historia es una pesadilla de la que estamos intentando  despertar". James Joyce Además del lógico temor frente a que las ultraderechas se queden con el gobierno, estamos asistiendo a uno de los espectáculos más humillantes de la historia argentina. La pesadilla ha comenzado hace tiempo y no parece que las razones argumentadas que se presentan sirvan para despertar de este mundo distópico.   Un clan experto en humillaciones crueles, con matices delirantes que apuntan con una ametralladora de estupideces que son pronunciadas con fruición y goce, se presenta para ocupar las más altas responsabilidades de la Nación. Es el punto

Cuando la Quieren Enterrar, la Memoria se Planta

El pueblo armado con pañuelos blancos aplastó el intento de impunidad . Alrededor de medio millón de personas se manifestaron en la Plaza de Mayo para rechazar categóricamente el 2x1 de la Corte a los genocidas. No fue la única, hubo al menos veinte plazas más en todo el país, todas repletas, además de manifestaciones en el exterior. Una multitud con pañuelos blancos en la cabeza pudo más que todo el mecanismo político-judicial-eclesiastico-mediático, forzando al Congreso a votar una ley para excluir la aplicación del "2x1" en las causas de lesa humanidad. Tocaron una fibra muy profunda en la historia Argentina, que traspasa generaciones. No queremos genocidas en la calle: es tan simple como eso. Tenemos que tolerar las prisiones domiciliarias a genocidas, que se mueran sin ser condenados o que sean excarcelados gracias a los jueces blancos. Cuesta muchísimo armar las causas, años. Muchos están prófugos, muchos no pudieron condenarse por falta de pruebas y otros porque tard

Kosmovoid - Space Demon (2021)

Todo un viaje. Seguimos con la saga de buenos discos brasileros, y presentamos el tercer álbum del power trío brasileño Kosmovoid, haciendo una mezcla de krautrock, industrial, psicodelia, ambient, post-rock y space-rock, una mezcla de estilos que no hemos escuchado en otras bandas brasileras, desplegada por una banda que tiene como principales influencias a bandas como Ash Ra Temple, Dead Can Dance, Popol Vuh, Kraftwerk, Tangerine Dream y Goblin entre muchas otras. Aquí los sonidos electrónicos forman parte del espíritu de las canciones, que deambulan de manera instrumental sobre un colchón de ritmos casi tribales, creando un trance ritual generada por una buena armonía entre cada instrumento, buscando siempre no caer en lugares comunes aunque estén claras las referencias y las influencias de su música. Once temas instrumentales envolventes y reconfortantes forman este buen disco, que toma el Krautrock y lo trae al día de hoy, mezclándolo también con otros estilos para crear algo

Ideario del arte y política cabezona

Ideario del arte y política cabezona


"La desobediencia civil es el derecho imprescriptible de todo ciudadano. No puede renunciar a ella sin dejar de ser un hombre".

Gandhi, Tous les hommes sont frères, Gallimard, 1969, p. 235.