Ir al contenido principal

Walter Franco - Ou Não (1973)


Músico maldito y brasilero, loco, haciendo música fuera de los estándares de la civilizada sociedad, eso es lo que nos trae Sandy en su viaje de resubidas por Brasil. Desconocido por estas pampas, los invito a conocer algo que seguramente no escucharán por la radio.

Artista: Walter Franco
Álbum: Ou Não
Año: 1973
Género: Rock folk psicodélico / Experimental
Duración: 36:34
Nacionalidad: Brasil

Lista de Temas:
01. Mixturação
02. Água e Sal
03. No Fundo do Poço
04. Pátio dos Loucos
05. Flexa
06. Me Deixe Mudo
07. Xaxados e Perdidos
08. Doido de Fazer Dó
09. Vão de Boca
10. Cabeça

Alineación:
- Walter Franco / guitarra
- Américo / acordeón
- Diógenes Burani Digrado Filho / percusión
- Rodolpho Grani Júnior / contrabajo, violín, bajo




Cuendo escuché el álbum Walter Franco (creo que es famoso en Brasil) no puedo decir que me gustó, pero sí puedo asegurar que está totalmente fuera de los estándares estéticos de nuestra civilizada sociedad. Y comprendí el porqué del título "maldito" para este artista, pareciendo que el mismo está completamente loco, o al menos eso pensé de él mientras escuchaba el álbum. Recordamos que él es un prestigiosísimo músico basilero (casi sagrado) que fue una especie de raíz para que se nutriera todo el movimiento rockero y de vanguardia de su país, en este blo publicamos anteriormente el álbum que le dedicara la banda de rock sinfónico O Terco.
Y es que apenas abre el disco uno, como ayente, se empieza a preocupar. Su peculiar sonido acompañado por los gritos de Franco (parece completamente sacado y loco), nos lleva a ver las alucinaciones del artista durante su ejecución y grabación, recordándonos a Zappa y hasta los trabajos alucinados de Phantomas (ese donde estaba Mike Patton ¿lo ubican?, autodenominados "el forúnculo en el culo del rock", o algo así, parecido).
En definitiva, este es un viaje alucinado por un mundo avant-garde, pero también llego de destrezas, calidad y yo diría genialidad, tanta como para saltar totalmente los cánones e intentar algo nuevo, libre y completamente desestructurado.

Walter Franco (Músico, compositor y uno de “malditos” de la música popular brasileña ("malditos da MPB")) lanza en 1973 un álbum “experimental titulado Ou Não el cual es una obra Folk Prog con incorporación de elementos psicodélicos y ambientes ácidos, por lo tanto demuestra tener un tino de creatividad, pero OJO no logra demostrar todo su potencial ya que su performance es un poco inestable y limitada, sin embargo, esto no daña para nada el labor de Franco, por consiguiente, el álbum promete buenos momentos y breves dosis de locura experimental. En resumen Ou Não es un álbum Psico-Prog-Folk experimental de mediana calidad que manifiesta en su música una atmosfera oscura y “lunática” y que tiene como sello personal la IMPROVISACIÓN. Álbum recomendando si eres de oidos “open mind”...
El Hombre Polilla

Após quase 40 anos encabeçado na MPB, o disco iconoclasta “Ou não”, do abençoado Walter Franco, hoje é referência primordial do bicho-grilismo-zen setentista
Paulistano nascido no berço de uma família socialista no fatídico ano do fim da sanguinolenta “grande guerra”, Walter Franco despontou no meio artístico inicialmente ligado as construções elementares “verbivocovisuais” do grupo Noigandres, fundadores da Poesia Concreta. No fim da cabeluda contracultural década de 60, compôs trilhas teatrais e defendeu a canção “Sol de Vidro” no festival da TV Tupi, em 1971, obtendo a terceira colocação.
Ao lado de outro “bendito” da nossa MPB, Sérgio Sampaio, em 1972, Walter defendeu com unhas e dentes no FIC (Festival Internacional da Canção), organizado pela TV Globo, a canção concreta-zen “Cabeça”. Foi desclassificado pelos organizadores do festival por exigência da alta cúpula militar. Nara Leão, Rogério Duprat, Décio Pignatari e Júlio Medaglia, membros da banca de jurados, foram afastados do cargo por terem-o apontado como finalista e possível vencedor daquela edição.
No ano seguinte ao rebú ocorrido no FIC, em 1973, o disco “Ou não”, foi gravado pelo selo Continental, sob orientação do maestro pop-erudito e guru dos tropicalistas, Rogério Duprat. "Na realidade, era um cara fazendo coisa igual Frank Zappa no Brasil, só que não era nada, não era cópia do Zappa, era outra coisa, mais avançada que os Beatles", declarou o maestro, para o documentário "Muito Tudo" de Bel Bechara e Sandro Serpa, que narra a história do poeta.
Contudo, passados exatamente trinta e sete anos da gravação, o disco hoje é referência decodificadora incontestável para quem se inquieta pela vanguarda paulistana. No primeiro contato, quem analisa a capa e a ergue ante a multifacetada retina, imagina se tratar da expansão da célebre obra literária “A Metamorfose” de Franz Kafka. O repouso da mosca, no espaço em branco, espontaneamente remete ao quarto onde Gregor Samsa, numa manhã precedente a mais um dia de trabalho como caixeiro viajante, se transforma num repelente inseto.
“Mixturação”, composição inaugural da obra, funciona como o mito de Shiva, que destrói para reconstruir. O bem e o mal se amalgamam num círculo de lágrimas. "Em vermelho natural/com gosto de água e sal/no rosto e no lençol/misturando o bem e o mal". Os arranjos transformam-se em desdobramentos experimentais em partículas moleculares concretas. O violão desconcerta-se sobreposto às colagens vocais.
As cordas desafinam-se ao alcance de múltiplas afinações, nem sempre cognitiva à percepção humana. Ritmos latinos e nordestinos vestem-se fora dos trajes tradicionais, modificam-se nas entrelinhas trocadilhescas dos títulos das composições. O conceitualismo minimalista pausado-sincopado descabela-se.
Na faixa número seis, “Me deixe Mudo”, gravada também por Chico Buarque, o espaço permanece revolvido para a recriação. “Não me pergunte/ não me responda/não me procure/e não se esconda/não diga nada/saiba de tudo/fique calada/ me deixe mudo”. O silêncio não se amofina, esgarça “fendas cageanas” de ocupações entre as faixas.
“Cabeça”, célebre composição que encerra o disco, Walter se amotina nas apostas sintáticas e eleva a linguagem poética à condição preenchível do vácuo. “Que é que tem nessa cabeça irmão/que é que tem nessa cabeça, ou não/que é que tem nessa cabeça saiba irmão/que é que tem nessa cabeça saiba ou não/que é que tem nessa cabeça saiba que ela não pode irmão/que é que tem nessa cabeça saiba que ela pode ou não/que é que tem nessa cabeça saiba que ela pode explodir irmão". Se lidas, as letras são poemas, condensadas e configuradas num mix; máxima egressão da caixa craniana intricada.
Diogo Mizael

Walter Franco started his career as composer of soundtracks of plays written by Ésquilo and Edward Albee, among others.
In 1970's, Franco participated of many Brazilian festivals of music. In the following decades, the festivals lose their importance in Brazil, but Franco continued to appear in some of them.
He's known as one of the "malditos da MPB" (damned composers of Brazilian popular music), "nickname" of experimental and social-political critic composers of 1970's.
Franco still records and performs in Brazil, generally in alternative shows.
Whenever I approach something that is this experimental, I am always hit with the idea that even if it was truly brilliant I still wouldn't enjoy it as much as something more structured. Just depends on what way you roll, I suppose. Though I would say that I love Captain Beefheart, for example, for Safe as Milk and Clear Spot and a couple of individual tracks here and there; on the other hand, I would also say that I really don't love Beefheart for being musically pretty inane. In defense of Trout Mask Replica, everyone always points to the fact that the Magic Band practiced forever to get those tracks sounding as formless as they do on that album. But everyone has the right to their own music, even personal, experimental ventures. In regards to the Franco album in question here, I know that I am on the same kind of turf. The only difference is obvious, I don't understand the language. Still it fills me with the same sense of boredom that listening to avant garde rock music almost always does. While I recognize little annoying bits of melody on this album (Me Deixe Mudo), there is really not much too recommend to the casual fan of MPB. I believe one reviewer below compares this to Veloso's Araçá Azul. I concede that that album has a similar aesthetic, but does not compare in terms of musicality, scope or execution. Anyway, I say people like me who are using this site to get a grasp on the post-Tropicalia Brazilian scene are fairly safe in skipping this, unless the idea of crazier, less tuneful Tom Ze appeals to you.
Very strange. Definitely worth trying out; I can see a lot of people really thinking this is one of the coolest things from that time/scene.
Pretty intense. The vocals in particular are downright frightening at times. I would have liked a bit more of a focus on rhythm but this is definitely some interesting, unique, music.
Very entertaining and personal psychedelia that grows with every listening session. It reminds me a bit of Daevid Allen, Demetrio Stratos's experimental stuff, or perhaps even Syd Barrett. Highly recommended.
Lanky Caravan

En definitiva, un verdadero trabajo alucinado de Walter Franco.





Comentarios

Publicar un comentario

Lo más visto de la semana pasada

Los 100 Mejores Álbumes del Rock Argentino según Rolling Stone

Quizás hay que aclararlo de entrada: la siguiente lista no está armada por nosotros, y la idea de presentarla aquí no es porque se propone como una demostración objetiva de cuales obras tenemos o no que tener en cuenta, ya que en ella faltan (y desde mi perspectiva, también sobran) muchas obras indispensables del rock argento, aunque quizás no tan masificadas. Pero sí tenemos algunos discos indispensables del rock argentino que nadie interesado en la materia debería dejar de tener en cuenta. Y ojo que en el blog cabezón no tratamos de crear un ranking de los "mejores" ni los más "exitosos" ya que nos importa un carajo el éxito y lo "mejor" es solamente subjetivo, pero sobretodo nos espanta el concepto de tratar de imponer una opinión, un solo punto de vista y un sola manera de ver las cosas. Todo comenzó allá por mediados de los años 60, cuando Litto Nebbia y Tanguito escribieron la primera canción, Moris grabó el primer disco, Almendra fue el primer

Steve Hackett - The Circus And The Nightwhale (2024)

Para terminar la semana a lo grande, el Rafa Nori nos presenta el último y gran trabajo del enorme Steve Hackett, y de hecho uno de los grandes discos que saldrán a lo largo de este 2024 y uno de los mejores discos solistas de Hackett, su trigésimo lanzamiento en solitario. Y para aquellos que piensan que simplemente está repitiendo la misma fórmula de años, décadas y siglos atrás, escuchen este increíble belleza de este trabajo que simplemente expresa emociones profundas, y después me cuentan. No voy a comentar nada en demasía, pero entren al posteo que le dejo algunas notas y sobretodo algunos videos para que empiecen a disfrutar de este disco desde ahora. No solamente es recomendado sino además absolutamente necesario! Artista: Steve Hackett Álbum: The Circus And The Nightwhale Año: 2024 Género: Crossover prog Duración: 44:52 Referencia: Discogs Nacionalidad: Inglaterra El legendario Steve Hackett está de vuelta con su nuevo álbum de estudio "The Circus And

Caligula's Horse - Charcoal Grace (2024)

Y cerramos otra semana a pura música en el blog cabezón con otro de los mejores discos que saldrán este año, una banda que desde hace rato estoy tentado a traer, que están dentro del mismo umbral que bandas como Pain Of Salvation, Leprous, Tesseract y Haken, algo que viene del metal progresivo pero verdaderamente aquí la intensidad solo llega a un heavy prog, eso sí, con muchísimas emociones y una carga melódica muy importante, que busca fusionar ideas no convencionales dentro del metal. Este último trabajo, su sexto trabajo de estudio, no solamente es su mejor trabajo hasta el momento sino que además es algo nuevo y fresco, muy amable y fácil de escuchar pero también algo bastante profundo donde la emoción supera al virtuosismo, presentando pasajes delicados y mucha elegancia que trata sobre las experiencias vividas por todos nosotros durante estos tiempos difíciles, que aborda lo sombrío de la pérdida, la alienación y la angustia, habla de la catarsis personal y social, en fin, t

Sleepytime Gorilla Museum - Of The Last Human Being (2024)

Desde hace años tenía la intención de publicar en el blog cabeza algún disco de ellos, luego se disolvieron por algún tiempo y el deseo de presentarlos en sociedad fue olvidado, o casi. Pero ahora regresan en modo resurrección, con tremendo disco (este será uno de los mejores que verá la luz en este actual 2024). Y entonces aprovecho para presentar en sociedad las bestias del RIO (o sea lo que sea ese estilo indescriptible que estos tipos practicaron desde siempre), que siguen con el estilo de siempre, donde la música puede ser muy pesada a veces pero también muy atmosférica y tiene elementos de música clásica, con muchas capas diferentes de todo tipo de instrumentos, también clásicos como violín, trompeta, glockenspiel y piano, lo que da como resultado una simbiosis entre Univers Zero y Sepultura, Isildurs Bane y King Crimson, John Zorn y Henry Cow, mezclando intrumentos y voces femeninas y masculinas, complejo pero al mismo tiempo melodioso, denso pero con elementos de sensibilid

La Máquina de Hacer Pájaros - 10 de Mayo 20 hs.

OVRFWRD - There Are No Ordinary Moments (2024)

Si vamos a presentar los mejores discos de este 2024 no podemos dejar afuera al último trabajo de una de las mejores bandas instrumentales de la actualidad. Hay demasiados aspectos destacados en este álbum, el quinto de una de las pocas bandas que pueden hacer un disco largo e instrumental que no decaiga ni aburra ni por un segundo, con 10 temas y 68 minutos donde se funde el jazz, el space rock, el sinfonismo, el heavy prog, todo aderezado con pizcas de psicodelia, bastante clima y muchos matices diferentes, y es maravilloso ver como logran crear diferentes estados de ánimo, atmósferas, sonidos, en una amalgama muy interesante, en algo que se podría definir como la mezcla de King Crimson y Rush, y se hace obvio que han estado tocando juntos durante muchos años, por lo que su comprensión musical e incluso emocional se expresa maravillosamente en canciones como las que están plasmadas en este trabajo. Otro ejemplo de que hay muchísima música increíble surgiendo cada hora, las 24 hor

Instrucciones para comprar un celular

La globalización de la economía capitalista se empalma con el método fascista para privatizar la estatalidad. Una prótesis de expansión de esa amalgama está en nuestros bolsillos: el celular, que propaga ese poder oscuro. La globalización de la economía combinada con el fascismo apunta a una nueva fase de privatización: la de la estatalidad. Esto quiere decir que la fase reciente de la globalización de la economía capitalista tiene por objetivo la apertura de aun más áreas del mundo y de más dimensiones de la realidad. El acceso a aún más bienes comunes para encerrarlos en un proceso de acumulación primitiva permanente de parte de las clases ociosas y sus dispositivos de poder globales y nacionales. La privatización de la tierra, el agua, los bienes comunes naturales o minerales como el litio, los bosques tropicales, la biodiversidad inmanente a un continente tal extendido como América Latina, los conocimientos tradicionales populares o el excedente producido por la fuerza de traba

La Mesa Beatle: Iba acabándose el vino

Buenos días desde La Barra Beatles. Hoy reunidos para recordar una hermosa canción, de las más lindas del cancionero de nuestro rock: “Iba acabándose el vino”, de Charly García. Está en un gran disco llamado “Música del Alma”, un álbum altamente recomendable para amantes de la música acústica. Para introducirnos en el tema voy a traer a un amigo que se nos fue hace varios años, Hernie, conocido en la barra brava de Ferro como “El eléctrico”. Probablemente este pibe sea el mayor fanático de García que conocí. Solía relatar las frases de Charly de un modo tan sentimental que hasta el propio autor se hubiera quedado oyendo a esa voz que venía desde tan adentro, casi desde el significado mismo de la canción. Se notaba que la había recorrido, conocía bien esos vericuetos que están detrás de las palabras, esas notas que la melodía no canta y que, ni bien empieza el tema, la imaginación le hace un coro en silencio que atraviesa todos los compases, los adorna y queda dando vueltas por los parl

Lali, Gramsci, Milei, la ignorancia y la conspiración

Es una cosa difícil siquiera empezar a hablar sobre el posteo de Milei acerca de Lali y Gramsci. El delirio y la ignorancia son mayúsculos. Pero detrás de la estupidez hay algo peligroso: la divulgación de teorías de la conspiración de la extrema derecha por el hombre que tiene el puesto de presidente de Argentina. ¿Será que Chiquititas y Floricienta son un producto de la infiltración marxista en la industria cultural argentina? Eso parece pensar Milei. Tratando de darle aires de importancia a su pelea con Lali Espósito es que despotricó contra el "Gramsci Kultural" en Twitter. Intenta darle importancia a sus delirios, que su «pelea» no sea lo que es: una mezcla del presidente de un país hostigando a una artista desde el poder con un mandatario comportándose como panelista de un programa de chimentos de mal gusto. Por Federico Dertaube " La raíz del problema argentino no es político y/o económico, es moral y tiene como consecuencias el cinismo político y la deca

Humillación

Jorge Alemán afirma en esta nota (tan actual aunque haya sido escrita hace siglos: el 5 de octubre de 2023) que la pesadilla del avance de la ultraderecha argentina, experta en crueles humillaciones, comenzó hace tiempo y parece que las razones argumentadas que se presentan no alcanzan para despertar de este mundo distópico. Por Jorge Alemán "La historia es una pesadilla de la que estamos intentando  despertar". James Joyce Además del lógico temor frente a que las ultraderechas se queden con el gobierno, estamos asistiendo a uno de los espectáculos más humillantes de la historia argentina. La pesadilla ha comenzado hace tiempo y no parece que las razones argumentadas que se presentan sirvan para despertar de este mundo distópico.   Un clan experto en humillaciones crueles, con matices delirantes que apuntan con una ametralladora de estupideces que son pronunciadas con fruición y goce, se presenta para ocupar las más altas responsabilidades de la Nación. Es el punto

Ideario del arte y política cabezona

Ideario del arte y política cabezona


"La desobediencia civil es el derecho imprescriptible de todo ciudadano. No puede renunciar a ella sin dejar de ser un hombre".

Gandhi, Tous les hommes sont frères, Gallimard, 1969, p. 235.