Ir al contenido principal

Ave Sangria - Ave Sangria (1974)

Artista:Ave Sangria
Álbum: Ave Sangria
Año: Ave Sangria
Género: Folk rock psicodélico
Duración: 38:07
Nacionalidad: Brasil


Lista de Temas:
1. Dois Navegantes
2. Lá Fora
3. Três Margaridas
4. O Pirata
5. Momento Na Praça
6. Cidade Grande
7. Seu Waldir
8. Hei! Man
9. Por Que?
10. Corpo Em Chamas
11. Geórgia, A Carniceira
12. Sob O Sol De Satã

Alineación:
- Almir Drums – Israel Semente Proibida / Bass
– Ivson Wanderley / Guitar, Acoustic Guitar
– Paulo Raphael / Guitar, Viola, Synthesizer, Vocals
– Juliano / Percussion
Guest:
Marcio Vip Augusto / Piano
Zé Rodrix / Synthesizer
Marco Polo / Vocals


Vamos ahora con una histórica banda brazuca del norte de Brasil, zona que como hemos hablado en otros posteos, siempre fue un territorio relegado artísticamente al canal central del movimiento de la cultura en ese país, aunque por otro lado tiene y ha tenido un gran despliegue y aún es un terreno fértil para que surja cualquier movimiento artístico y creativo.
A principios de la década del 70 Brasil fue redescubriendo el sonido del Nordeste, y muchas compañías discográficas comenzaron a buscar artistas para modernizar con sus elementos a todos los géneros posibles, y Ave Sangria se convirtió en un descubrimiento. Era una de las bandas más radicales de la época, mezclando sonidos regionales, blues y rock con tintes psicodélicas. La banda grabó sólo un álbum, brillante y emocionante, reeditado en vinilo en los 90's.
La banda fue marginada en el período de la dictadura militar en Brasil, principalmente porque el disco resutaba controvertido porque tiene una canción censurada por ser "inmoral", y, en consecuencia, esta censura ha eclipsado la embergadura de esta hermosa obra que en el blog cabezón venimos a rescatar, pero que al fin y al cabo este olvido ¿no disminuye su importancia en la historia de esta banda en el rock y la música brasileña de los años 70.





Se, décadas depois, Recife seria aclamada como uma das terras musicalmente mais promissoras do Brasil (principalmente por ter parido o manguebeat), nos anos 1970, ela já seria berço de uma geração de músicos que faria história. Zé Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Lula Côrtes e Robertinho do Recife seriam alguns desses nomes que, cheios de juventude e coragem, começariam uma fusão meio louca de rock, psicodelia e sons nordestinos, tudo registrado em trabalhos antológicos, como Paêbiru e Quadrifônico. Em meio àquele cenário promissor, também surgiram personagens que não resistiriam ao tempo, mas virariam lendas. Uma delas, talvez a maior delas, chamava-se Ave Sangria. A banda formada por Marco Polo (vocais), Ivson Wanderley (guitarra solo e violão), Paulo Raphael (guitarra base, sintetizador, violão, vocal), Almir de Oliveira (baixo), Israel Semente (bateria) e Agrício Noya (percussão) teve vida por demais efêmera e só teve tempo de lançar um disco. O autointitulado trabalho chegou às lojas em 1974, apresentando uma mistura vigorosa de sons, tudo sem muito pudor. Aliás, segundo as tais lendas, pudor, realmente, não era com eles. Embora os próprios músicos, que voltaram a se reunir para pequenos shows, desmintam, o que ficou para a história é que eles usavam batom e se beijavam no palco. Verdade ou não, é fato que eles se tornaram verdadeiros representantes do desbunde, do vanguardismo e da lisergia daqueles anos. O guitarrista Ivson Wanderley, ou Ivinho, era uma espécie de “guitar hero nordestino” e chegou a gravar um disco solo no famoso festival de Montreux. Para se ter uma ideia da capacidade do rapaz, todo o set apresentado na Europa foi de improvisos. Nem nome as músicas tinham. Quanto ao Ave Sangria, a música, Seu Waldir até ganhou gravação rara de Ney Matogrosso e clipe no Fantástico, que chegou foi proibido por conta das supostas insinuações homossexuais da letra. Tirando essa faixa, nenhuma música da banda virou hit, assim como o disco hoje é uma raridade disputada em sebos por aí. Mas isso só significa que o som dos caras era algo completamente fora dos padrões radiofônicos, o que, em alguns momentos (principalmente naqueles anos 1970), é um ótimo sinal. De fato, o único disco Ave Sangria é tem uma personalidade tão forte que não é preciso muito tempo para alguém dizer se gosta ou não. Hoje, é fácil achá-lo para download ilegal na internet ou para audição no Youtube. O que também está disponível na rede é o áudio do show Perfumes & Baratchos, apresentado nos dias 28 e 29 de dezembro de 1974, no Teatro Santa Isabel. Disputado a tabefe pelo público, o show foi o ápice e o declínio do Ave Sangria. Pouco tempo depois, eles se separariam de vez e dariam fim à banda. Ficariam só as histórias.
Marcos Sampaio


"Eles usavam batom, beijavam-se na boca em pleno palco, faziam uma música suja, com letras falando de piratas, moças mortas no cio. E eram muito esquisitos; "frangos", segundo uns, e uma ameaça às moças donzelas da cidade, conforme outros. Estes "maus elementos" faziam parte do Ave Sangria, ex-Tamarineira Village, banda que escandalizou a Recife de 1974, da mesma forma que os Rolling Stones a Londres de dez anos antes. Com efeito, ela era conhecida como os Stones do Nordeste.
"Isto era tudo parte da lenda em torno do Ave Sangria" - explica, 25 anos depois, Rafles, o ministro da informação do grupo. "O baton era mertiolate, que a gente usava para chocar. Não sei de onde surgiu esta história de beijo na boca, a única coisa diferente na turma eram os cabelos e as roupas." Rafles por volta de 68, era o "pirado" de plantão do Recife. Entre suas maluquices está a de enviar, pelo correio, um reforçado baseado, em legítimo papel Colomy, para Paul McCartney. Meses depois, ele recebeu a resposta do Beatle: uma foto autografada como agradecimento.
Foi Rafles quem propôs o nome Tamarineira Village, quando o grupo tomou uma forma definitiva, com a entrada do cantor e letrista Marco Polo. Isto aconteceu depois da I Feira Experimental de Música de Fazenda Nova. Até então, sem nome definido, Almir Oliveira, Lula Martins, Disraeli, Bira, Aparício Meu Amor (sic), Rafles, Tadeu, e Ivson Wanderley eram apenas a banda de apoio de Laílson, hoje cartunista do DP.
Marco Polo, um ex-acadêmico de Direito, foi precoce integrante da geração 45 de poetas recifenses. Com 16 anos, atreveu-se a mostrar seus poemas a Ariano Suassuna e a Cesar Leal. Foi aprovado pelos dois e lançou seu primeiro livro em 66. Em 69, iniciou-se no jornalismo, como repórter do Diário da Noite. Logo ganhou mundo. Em 70, trabalhou por algum tempo no Jornal da Tarde, em São Paulo, mas logo virou hippie, trabalhando como artesão na desbundada praça General Osório, em Ipanema. O primeiro show como Tamarineira Village foi o Fora da Paisagem, depois do festival de Fazenda Nova. Vieram mais dois outros shows, Corpo em Chamas e Concerto Marginal. A partir daí a banda amealhou um público fiel.
Ciganos
A mudança do nome aconteceu quando o grupo passou a ser convidado para apresentações em outros Estados. Os músicos cansaram-se de explicar o significado de Tamarineira Village. O Ave Angria, segundo Marco Polo, foi sugestão de uma cigana amalucada, que encontraram no interior da Paraíba: "Ela gostou de nossa música e fez um poema improvisado, referindo-se a nós como aves sangrias. Achamos legal. O sangria, pelo lado forte, sangüíneo, violento do Nordeste. O ave, pelo lado poético, símbolo da liberdade do nosso trabalho.
Na época, o som do Quinteto Violado era uma das sensações da MPB. Não tardou para as gravadoras mandarem olheiros ao Recife em busca de um novo quinteto. A RCA foi uma delas. O Ave Sangria foi sondado e recusou a proposta (a RCA contratou a Banda de Pau e Corda).
O disco viria com a indicação da banda, pelo empresário dos Novos Baianos, à Continental, a primeira gravadora a apostar no futuro do rock nacional. Antecipando a gozação por serem nordestinos, os integrantes da banda chegaram no estúdio Hawai, na Avenida Brasil, Rio, todos de peixeira na mão: "Falamos para o pessoal ter cuidado, porque a gente vinha da terra de Lampeão", relembra Almir Oliveira. Foi um dos poucos momentos de descontração da banda. Com exceção de Marco Polo, nenhum dos integrantes conhecia o Rio e jamais haviam entrado num estúdio de gravação.
De peixeira na mão
Como agravante, quem produziu o disco foi o pouco experiente Marcio Antonucci. Ex-ídolo da Jovem Guarda (formou a dupla Os Vips, com o irmão Ronaldo), Antonucci ficou perdido com o som que tinha em mãos, e o pôs a perder: "Ele não entendeu nada daquela mistura de rock e música nordestina que a gente fazia, e deixou as sessões rolarem. O diabo é que a gente também não tinha a menor experiência de estúdio", conta o guitarrista Paulo Rafael. Resultado: o disco acabou cheio de timbres acústicos. O Ave Sangria, involuntariamente, virou uma espécie de Quinteto Violado udigrudi. E adulterado não foi apenas o som. A gravadora não topou pagar pela arte da capa e colocou em seu lugar um arremedo do desenho original, assinado por Laílson.
O disco, mesmo pouco divulgado, conseguiu relativo sucesso no Sudeste, e vendeu bastante em alguns Estados do Nordeste. Uma das músicas que fizeram mais sucesso, e polêmica, foi o samba-choro Seu Waldir. "Seu Waldir o senhor/ Machucou meu coração/ Fazer isto comigo, seu Waldir/ Isto não se faz não... Eu quero ser o seu brinquedo favorito/ Seu apito/ Sua camisa de cetim..." Numa época em que a androginia tornava-se uma vertente da música pop. Lá fora com o gliter rock de David Bowie, Gary Glitter e Roxy Music com Alice Cooper, a aqui com o rebolado dos Secos & Molhados, Seu Waldir foi considerado pelos moralistas pernambucanos como uma apologia ao homossexualismo, quando não passava de uma brincadeira do irreverente do Ave Sangria.
Seu Waldir por pouco não vira mito. Uns diziam que era um senhor que morava em Olinda, pelo qual o vocalista do Ave Sangria apaixonara-se. Outros, que se tratava de um jornalista homônimo. Enfim, acreditava-se que o tal Waldir era um personagem de carne e osso. Marco Polo esclarece a história do personagem "Eu fiz Seu Waldir, no Rio, antes de entrar na banda. Ela foi encomendada por Marília Pera para a trilha da peça A Vida Escrachada de Baby Stomponato, de Bráulio Pedroso, que acabou não aproveitando a música".
O Departamento de Censura da Polícia Federal não levou fé nesta versão. Proibiu o LP e determinou seu recolhimento em todo território nacional. A proibição incitada, segundo os integrantes do Ave Sangria, pelo hoje colunista social do Diário de Pernambuco, João Alberto: "Ele tocava a música no programa de TV que ele apresentava e comentava que achava um absurdo, que uma música com uma letra daquelas não poderia tocar livremente nas rádios", denuncia Rafles. Almir Oliveira diz que lembra dos comentários do jornalista na televisão: "Mas não atribuo diretamente a ele. Se não fosse ele, teria sido outra pessoa, a música era mesmo forte para a época", ameniza. A proibição, segundo comentários da época, deveu-se a um general, incentivado pela indignação da esposa, que não simpatizou com a declaração de amor a seu Waldir.
O disco foi relançado sem a faixa maldita, mas aí o interesse da mídia pelo grupo já havia passado. A Globo, por exemplo, desistiu de veicular o clipe feito para o Fantástico, com a música Geórgia A Carniceira. O grupo perdeu o pique: "A gente era um bando de caras pobres, alguns já com filhos, a grana sempre curta. No aperto, chegamos até a gravar vinhetas para a TV Jornal (uma delas para o programa Jorge Chau)", relembra Marco Polo.
Em dezembro de 1974, o Ave Sangria parecia querer alçar vôo novamente. O grupo fez uma das suas melhores apresentações, com o show Perfumes & Baratchos, agora relançado, juntamente com o álbum homônimo de 1974 em vinil duplo pelo selo Ripohlandya com uma nova edição em Gatefold e vinil de 180g, com áudio remasterizado a partir do original. O público que foi ao Santa Isabel não sabia, mas teve o privilégio de assistir ao canto de cisne da Ave Sangria. Foi o último show e o fim da banda."
José Teles


Y así, durante cuatro décadas los corazones de Recife han sangrado por el sonido que danzaba entre el rock psicodélico y el que es propio del noreste, hasta que hace poco la banda se reunió, para ofrecer un espectáculo con toda la carga histórica que fue antológica. El espectáculo fue parte de un proyecto alentado por el Gobierno. La presentación, reunió a un numeroso público deseoso de recordar estas leyendas de la música de Pernambuco juntos de nuevo, y las entradas se agotaron al poco tiempo de salir a la venta. "Es muy gratificante para nosotros hacer este espectáculo. Porque estamos juntos de nuevo, e incluso después de todo este tiempo, nos damos cuenta de que todavía hay una química musical entre nosotros", eso fue lo que dijo el cantante.
Ahora presentamos este disco para el que lo quiera conocer y tener...

The northern Brazilian band AVE SANGRIA began as the TAMARINEIRA VILLAGE around 1968 but were renamed before releasing their only album in the mid-seventies.
The band's music includes a unique blend of acoustic, ethnic instrumentation and percussion, electric and sometimes fuzzed guitar, disjointed rhythms and what can only be characterized as a glam-rock persona consisting of outrageous dress and makeup, exaggerated stage movements and often falsetto vocals.
They used lipstick, kissed on stage, made dirty songs about pirates, dead girls and Satan. Some called them “fags”, some said they were a threat to the pure ladies of the town.
Ave Sangria scandalized Recife city in 1974 in the same way Rolling Stones did in London ten years earlier. In fact, they were known as the “Stones from Northeast” (referring to Brazil’s geography).
Its an incredibly well rounded listen. At times recalling early Tyrannosaurus Rex, and at others sounding not unlike a Brazilian Black Sabbath or something, with some really tough, fuzzed out thug-rock instrumental passages. The vocal delivery moves between an aggressive punky sneer and the aforementioned Bolan/Took chants. It all has the requisite laid-back latin percussion, and some really nice jangly leads as well
Nelwizard






Comentarios

  1. lo que estuve buscando este album no tiene nombre!
    muchas gracias Moe y el equipo cabezon!

    ResponderEliminar
  2. Por favor, puede alguien re-subir este album en flac?

    ResponderEliminar

Publicar un comentario

Lo más visto de la semana pasada

Los 100 Mejores Álbumes del Rock Argentino según Rolling Stone

Quizás hay que aclararlo de entrada: la siguiente lista no está armada por nosotros, y la idea de presentarla aquí no es porque se propone como una demostración objetiva de cuales obras tenemos o no que tener en cuenta, ya que en ella faltan (y desde mi perspectiva, también sobran) muchas obras indispensables del rock argento, aunque quizás no tan masificadas. Pero sí tenemos algunos discos indispensables del rock argentino que nadie interesado en la materia debería dejar de tener en cuenta. Y ojo que en el blog cabezón no tratamos de crear un ranking de los "mejores" ni los más "exitosos" ya que nos importa un carajo el éxito y lo "mejor" es solamente subjetivo, pero sobretodo nos espanta el concepto de tratar de imponer una opinión, un solo punto de vista y un sola manera de ver las cosas. Todo comenzó allá por mediados de los años 60, cuando Litto Nebbia y Tanguito escribieron la primera canción, Moris grabó el primer disco, Almendra fue el primer

Los Grillos - Vibraciones Latinoamericanas (1976)

Nuestro amigo Julio Moya sigue con su tarea de palentólogo del rock latinoamericano y ahora nos presenta la historia de Los Grillos, y resumiendo les diría que si Jethro Tull hubiera sido andino, probablemente hubiese grabado este disco, ya que encontrarás flautas similares a Ian Anderson, junto con instrumentos de viento autóctonos. Un disco con 8 temas con una duración total que no alcanza la media hora. De alguna manera puede trazarse un paralelismo con Los Jaivas de Chile, pero se debe tener en cuenta que la raíz folclórica es diferente y con un sonido propio de altiplano. Aquí, uno de los discos más importantes de la historia del rock en Bolivia, y una de las mayores joyas del rock boliviano, expresión del folk rock temprano donde Los Grillos fundadon el sonido del Neo Folclore Andino, incursionando en el Moog a modo de "sintetizador andino". Si disfrutaste de "Alturas de Macchu Picchu" de Los Jaivas, o los bolivianos Wara o los argentinos Contraluz, descubrirá

Varios Artistas - Reimagining in the Court of the Crimson King (2024)

La realeza de la música rock se reunió para recrear uno de los álbumes más importantes e influyentes de la historia, la obra maestra de King Crimson de 1969, "In ​​The Court Of The Crimson King", y Jorge Nuñez se volvió a acordar de ustedes y es por ello que ahora lo presentamos en sociedad: uno de los álbumes más icónicos de la historia de la música, considerado por los críticos como una grandiosa obra maestra, vuelve a ser noticia porque recién salió del horno su última resurrección, con reversiones a cargo de miembros de King Crimson, como Mel Collins y Jakko M. Jakszyk, así como de Todd Rundgren, Chris Polonia (Megadeth), Ian Paice (Deep Purple), Joe Lynn Turner (Rainbow), James LaBrie (Dream Theater), Carmine Appice (Vanilla Fudge, Cactus, Pappo's Blues, etc.), Steve Hillage (Gong) y más. Y lo más divertido es que seguramente quedarás paralizado de oír como cada tema es interpretada por esta extraordinario banda de músicos. Para que te entretengas en el finde, es

Spinetta y el sonido primordial

“Si vinieron para que les hable de mí, me voy –dijo Luis Alberto Spinetta al tomar el micrófono–. Yo les voy a hablar de la música en una faz filosófica: del origen de la materia sonora y su repercusión en la civilización. Y solo contestaré preguntas sobre eso, no sobre Spinetta.” Eran pasadas las 19.30 del lunes 2 de julio de 1990 cuando el Flaco dio comienzo a su “clínica de poesía musical” en la Casa Suiza –ubicada en Rodríguez Peña 254 de la ciudad de Buenos Aires–, con entrada libre y gratuita, ante más de cuatrocientas personas. Años después, esa charla se convertiría en un libro apócrifo: El sonido primordial. Por Patricio Féminis Esta es la historia de aquella conferencia de Spinetta que llegaría a tener una edición pirata, como si fuera un libro suyo, y que llegaría a venderse por dos editoriales distintas en Mercado Libre. Aquel lunes invernal de 1990, el guitarrista, cantante y creador asistió para exponer en la Casa Suiza (hoy tapiada por un edificio en construcción)

La Mesa Beatle: Borges y el Squonk de Genesis. Un homenaje a las aventuras íntimas de los perdedores

Buenos días desde La Barra Beatles, hoy nos vamos rumbo a la Inglaterra de los 70´s, una era de oro que pone melancolía en La Barra. La idea es  rememorar a una de las grandes bandas de rock progresivo, que en Argentina empezamos a conocer años después de sus primeros lanzamientos. En 1976 Genesis publica el primer disco luego de la traumática partida de su cantante y miembro fundador Peter Gabriel. Representó todo un reto, porque mucha gente teorizó que con esa separación el grupo había sufrido una herida de muerte. Perder un cantante y compositor de la talla de Peter creo que preocupa a cualquiera, pero los muchachos no arrugaron y decidieron continuar, el resultado fue uno de sus mejores trabajos: “A trick of the tail”. Para algunos la traducción literal sería “Un truco de la cola”, otros hablan de un giro idiomático que sería algo así como “El diablo estuvo metiendo la cola”, también lo traducen como “Un golpe de timón”. Por Jorge Garacotche Este bellísimo álbum fue grabado entre

La indiferencia de los tiranizados duele como la crueldad de los tiranos

Para John Berger, "las tiranías no solo son crueles por sí mismas, sino que, además, ejemplifican la crueldad y, por consiguiente, fomentan la capacidad para serlo y la indiferencia frente a ella entre los tiranizados". Estamos frente a una avanzada masiva sobre nuestras vidas. Hacia donde miremos vemos catástrofe. Despidos, comedores sin comida, cierre de programas que garantizaban derechos, desfinanciamiento de las universidades públicas, desregulación de las tarifas, represión de la protesta, el endeudamiento como mecanismo de reducción de la posibilidad de vivir y una larga  lista que se actualiza día tras día. Frente a esto, se suceden expresiones que intentan revalorizar las vidas dañadas: "Nuestro trabajo era importante", "no todos somos ñoquis" o ―peor aún― "yo no era ñoqui", "lxs docentes no adoctrinamos", "perdimos compañerxs que hacían". Tenemos que producir valor a partir de la desgracia. Vivir se convirtió en

Miguel Abuelo & Nada - Miguel Abuelo & Nada (1973)

Mucho antes de agitar la primavera alfonsinista de la recién llegada democracia con la segunda encarnación de Los Abuelos de la Nada allá por los años 80, había nacido en Francia la primera versión de esta agrupación, pariendo además un disco maldito del que poco se llegó a conocer por estos parajes, e inclusive la primera edición para el mercado argentino de este disco salió no hace mucho. Un disco particular, donde hay hard rock, psicodelia, experimentación, y además una historia muy rica donde terminan apareciendo muchos de los máximos referentes del rock argentino, y donde Miguel Abuelo, ese niño de la calle devenido en poeta iluminado por la psicodelia y el folclore del noroeste es el protagonista casi casi, principal. Recién lo acabamos de presentar y ahora revivimos este disco tan particular. Un disco de culto que no puede estar afuera del blog cabeza. Artista: Miguel Abuelo & Nada Álbum: Miguel Abuelo & Nada Año: 1973 Género: Hard rock / Rock psicodélico Duració

Incredible Expanding Mindfuck (I.E.M.) - I.E.M. (2010)

Una reedición de la discografía completa de I.E.M., y convengamos que estos temas de I.E.M. eran muy difíciles de encontrar dado que sus ediciones fueron de una tirada muy limitada que ya se había por descatalogada ya hace mucho tiempo. Otro enorme aporte de LightbulbSun, y para aquellos que no están familiarizados con esto, les cuento que estos son los álbums en formato boxset de I.E.M., o Incredible Expanding Mindfuck, o el apodo de Steven Wilson para sus exploraciones psicodélicas y krautrock creadas entre lo que va de 1996 hasta el 2001 que pueden resultarte una especie de shock. Este compilado reúne con los 3 álbumes de estudio en este período, y definitivamente har algunas joyas aquí que seguramente serán muy apreciadas por el público cabezón. E ideal para cerrar otra semana a pura música en el blog cabeza, aquí tienen mucha música por si el fin de semana se presenta feo y lluvioso y se te joda el asado... con esto no te vas a aburrir. Artista: Incredible Expanding Mindfuck Á

El arte es para el aire: El aplausómetro, según Spinetta

"No puedo evaluar lo que hago con el aplausómetro. Me importa un belín. La pregunta es, si un pintor que sabe que es bueno sabe también que no va a poder mostrar sus cuadros, ¿los pintaría? Más bien. Le chupa un huevo. Un novelista, un poeta que es capaz de escribir versos, ¿qué necesita? Nada; va a Pippo, se pide un fresco y batata, se sienta y en el mantel, nomás, escribe LAS palabras. ¿Tecnología? Nada ¿Costo? Cero. Si uno hace música y sabe que suena bien, no importa si otro cree que no es tan buena. ¿Qué? ¿La voy a parar y no la voy a componer? No. Me importa un pito. Es el aire para quien yo la estoy haciendo y es el aire el que me va a devolver lo que yo quiera sembrar allí. ¿Acaso una novela se aplaude? Se lee en soledad. El arte es un trabajo individual y suena dentro del recinto en el que se lo trabaja. De ahí a que se crea que es una necesidad que otro lo escuche hay un largo espacio. Y, por otro lado, cuando la música es buena, cura. Cura. Sólo eso. Entonces, ahí sí

Present - This Is Not The End (2024)

Comenzamos la semana a lo grande con el último disco del legendario ensamble belga Present (uno de los grandes valuartes del mejor avant-garde, rock de cámara y Rock In Opposition) y,  pesar de su título, lamentablemente será el último lanzamiento de la banda ya que su líder y compositor Roger Trigaux (ex Univers Zero) murió durante su grabación. El disco es una verdadera bestialidad que combina como ninguno el rock pesado con música de cámara de influencias clásicas y zeuhl, y al igual que todas sus demás obras, es una deslumbrante exposición de maestría musical, donde abundan precisas combinaciones de instrumentos sincopados, todos aparentemente provenientes de diferentes ángulos pero que en última instancia trabajan juntos como un todo cohesivo. Unos tipos que lanzaban un disco cada muerte de obispo, imagino que por el trabajo que conlleva lanzar este tipo de obras, pero cada vez que publicaron un trabajo rompieron el molde tanto por lo imaginativo de su obra como por su calidad

Ideario del arte y política cabezona

Ideario del arte y política cabezona


"La desobediencia civil es el derecho imprescriptible de todo ciudadano. No puede renunciar a ella sin dejar de ser un hombre".

Gandhi, Tous les hommes sont frères, Gallimard, 1969, p. 235.